segunda-feira, 28 de março de 2011

O que é tipografia?

Tipografia

A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Por analogia, tipografia também passou a ser um modo de se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.


Visão geral
Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas.
No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No caso da mídia impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.
Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados), mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples em um processador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. Talvez os melhores exemplos desse fenômeno possam ser encontrados na internet.
O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.


Tipografias famosas
As seguintes são famílias tipográficas célebres na história do design gráfico.



sábado, 26 de março de 2011

Proposta 02- Exemplos de tipografia

A 2ª Proposta de Trabalho é sobre tipografia. O objectivo do trabalho é entender a letra como matéria visual de representação fonica e como grafismo autónomo da sua função textual; reconhecer a capacidade de materializar conceitos, dar "forma" como uma característica da actividade humana; entender a importância dos estudos de composição como forma de conhecimento específico necessário à produção de discursos visuais.
Assim, a par da concretização do projecto tipográfico sobre os heterónimos de Fernando Pessoa, foi-nos também proposto pela docente uma recolha de exemplos de tipografia, nos quais, a letra desempenha-se um papel manifestamente estético e simbólico, independente/associado ao seu valor semântico. Desta forma, apresento abaixo alguns exemplos de tipografia que nos permitiram compreender melhor o que é tipografia bem como a sua função.






















quinta-feira, 17 de março de 2011

Trabalho individual



Sempre que projetamos, traçamos ou esboçamos algo, o conteúdo visual desta comunicação é composta por uma série de Elementos Visuais. Esses elementos constituem a substância básica daquilo que vemos. São muitos os pontos de vista a partir dos quais podemos analisar qualquer manifestação visual, mas um dos mais reveladores é decompô-la nos elementos que a constituem de forma que melhor possamos compreender o todo.
            A linguagem visual constitui a base da criação do design. Há princípios, fundamentos ou conceitos, com relação à organização visual, que podem resolver situações problemáticas na realização de um projecto.  Baseando-me em conhecimentos adquiridos nas aulas e em livros, o  designer pode trabalhar sem esse conhecimento consciente, usando seu gosto pessoal e sensibilidade estética que são muito importantes, porém, uma compreensão dos fundamentos ampliará sua capacidade de organização, facilitando enormemente o seu processo de criação.
            Se quiséssemos refletir sobre o número de vocábulos suficientes para se formar uma Linguagem Visual poderíamos ter como resposta que os principais são basicamente: o ponto; a linha; o plano; o volume e a cor. Com tão poucos elementos básicos, e que nem sempre se apresentam em conjunto, forma-se toda a expressão visual na arte e no design na sua mais imensa variedade de técnicas e estilos.
O PONTO, um elemento da comunicação visual (também presente nesta imagem) é um elemento básico da comunicação visual. Para que possamos observar o simbolismo de uma estrutura gráfica é necessário começar pelo elemento mais simples que compõe a matéria, o ponto. O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. Quando fazemos uma marca, seja com tinta, com uma substância rígida como um bastão, pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência ou um indicador de espaço. Qualquer ponto possui um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer.
            Assim, eu seleccionei esta imagem, uma vez que aborda diversos aspectos da matéria abordada na aula, desde as formas geométricas, linhas, contornos, sombras, cor, entre outros aspectos.
            Esta imagem tem um olho no centro por isso selecionei-a porque segundo o que aprendi a Cor é como o olho (dos seres vivos animais) interpreta a reemissão da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas eletromagnéticas; e que corresponde à parte do espectro eltcromagnético que é visível.
            Esta imagem contempla um misto de diferentes cores que nos transmitem diversas sensações, como por exemplo o azul do olho que pode significar purificação, o azul é associado à expulsão das energias negativas. O azul favorece a amabilidade, a paciência a serenidade e estimula a busca da verdade interior. O azul também neste contexto também pode significar o indecifravel.
            Nesta imagem predomina também o verde que simboliza vigor, juventude, esperança e calma.
            Leonardo da Vinci opõem-se a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz.
            Segundo Gestalt existem sete fundamentos básicos - muito usados hoje em dia em profissões como design, arquitetura, etc - são: Continuidade., Segregação, Semelhança, Unidade, Proximidade, Pregnância, fechamento.
            Relativamente ao equilíbrio/instabilidade, a sua importância fundamental baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual. Num continuum polar, seu oposto é a instabilidade. O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. A instabilidade é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora. Na imagem analisada predomina o equilíbrio bem como a instabilidade resultante da sobreposição de linhas diagonais, verticais e horizontais.
            Quanto à regularidade/irregularidade, nesta imagem predomina sobretudo a irregularidade que vem enfatizar o insólito, o inesperado, sem se ajustar a nenhum plano decifrável.
            Em relação à simplicidade/complexidade, nesta imagem predomina fundamentalmente a complexidade visual, constituída por enormes unidades e forças elementares,  e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.
            Relativamente à Unidade/Fragmentação predomina como podemos constatar a fragmentação que consiste na decomposição dos elementos e unidades de um design em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam o seu caráter individual.
            A profusão de elementos também está presente nesta imagem, que se revela carregada de acréscimos discursivos infinitamente detalhados a um design básico, os quais, em termos ideais, atenuam e embelezam através da ornamentação.
Quanto às formas geométricas predominam círculos, linhas rectas bem como linhas curvas.
            Quanto à minimização/exagero, verifica-se nesta imagem um recorrer de relatos profusos e extravagantes, ampliando a sua expressividade para muito além da verdade, na sua tentativa de ampliar e de intensificar.
            A espontaneidade é outra das técnicas visuais utilizadas nesta imagem, que caracteriza-se por uma falta aparente de planejamento. É uma técnica saturada de emoção, impulsiva e livre.
            Quanto à subtileza/ousadia, esta é uma imagem que revela bastante ousadia e cujo objectivo é obter a máxima visibilidade.

            Em relação à linha, esta nas artes visuais tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estática. É o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço. Onde quer que seja utilizada, é o instrumento fundamental da pré-visualização, o meio de apresentar, de forma palpável, aquilo que ainda não existe, a não ser na imaginação. Dessa maneira contribui enormemente para o processo visual. Simbolicamente, “a linha recta está próxima ao território do intelecto. Ela manifesta a vontade e a força de configuração. A determinação e a ordem. Expressa o regular, o que a mente apreende. O mundo dos regulamentos, da disciplina, das leis, da vontade e da razão. É por isso que no limite de sua utilização, a linha recta manifesta a frieza de sentimento, a falta de fantasia e o enrijecimento”.
            As linhas rectas têm três movimentos essenciais: horizontal, vertical e diagonal.
            Todas as outras são variações deste movimento. A manifestação mais simples, que menos energia necessita para ocorrer é a linha horizontal. É nela que o homem relaxa, descansa e morre.
Completamente oposta a essa linha, temos a linha vertical que também está presente nesta imagem. O que era anteriormente plano, tornou-se altura. A energia que vai da profundeza ao infinito, ou vice-versa.
            A linha diagonal é secundária em relação à horizontal e à vertical, pois é a síntese e união das duas e nesta imagem verifica-se muito a presença destas linhas.
Segundo Kandinsky, “a linha diagonal é a forma mais concisa da infinidade de possibilidades dos movimentos. Por isso tem uma tensão interior maior do que as duas que lhe dão origem.”
            Já no caso de Mondrian, ele refere-se aos “aspectos trágicos horizontalmente, estendendo-se o horizontal como plenitude até o infinito e o vertical como sendo o opressivo, o esmagador, e ele definitivamente estava procurando estruturas transversais que libertariam as pessoas dessas forças opressivas herdadas.” Um ponto pode ser posto para andar por uma força, e aí teremos a linha recta, ou se este mesmo ponto se movimenta por duas forças teremos a linha curva.
      Relativamente à foma geométrica, o círculo que está evidente no olho, este é universalmente conhecido como símbolo de eternidade, de um ciclo interminável. Dois círculos sobrepostos representam a união entre o céu e a terra.
            Para Kandinsky “assim se produz a estrela das linhas retas, organizadas em torno de um núcleo comum. Esta estrada pode tornar-se cada vez mais densa de modo a que as interseções criem um centro mais cerrado no qual um ponto possa se formar e desenvolver. Ele é o eixo em volta do qual as linhas podem organizar-se e finalmente confundir-se – uma nova forma nasceu, uma superfície sob a forma definida de círculo.”
            Quanto ao quadrado também presente nesta imagem, é a figura de base do espaço, e representa o tempo enquanto oposto à eternidade. Se o quadrado tem quatro lados, a terra tem quatro direções, o homem tem quatro membros, os instrumentos de orientação têm quatro pontos cardeais.
            Nesta imagem também é de salientar a unidade de forma, ou seja, quando o design é composto por um número de formas, aquelas que tem formatos idênticos
ou semelhantes constituem a unidade de forma, que deve aparecer mais de uma vez no desenho.
            A presença da unidade de forma nesta imagem ajuda a unificar a composição.
           



Capas de cd baseadas na matéria abordada na última aula de entrega da 1ª Proposta de Trabalho


Para a elaboração da 1ª Proposta de Trabalho foi-nos sugerido a pesquisa de diversas capas de cd com o intuito de percebermos um pouco mais desta arte bem como termos perspectivas diferentes de como podíamos realizar o nosso trabalho, recorrendo à nossa imaginação, uma vez que não poderíamos de forma alguma plagiar autores.
Nas capas de cd abaixo apresentadas podemos observar diversos elementos básicos constitutivos da comunicação visual como por exemplo: o ponto, a linha, a textura, a cor que aqui nestas capas tem diversas conotações ligadas ao estilo de música.
A primeira capa de cd da Madonna é um exemplo de como a cor também refelcte a própria música, ou seja, o albúm é constituido por cores primárias como o amarelo e o preto  e outras misturas cromáticas que nos remetem de imediato para a música pop com estilos um pouco mais arrojados.






terça-feira, 15 de março de 2011

1ª Proposta Final



Esta é a 1ª proposta de trabalho finalizada. Com o desenrolar das outras propostas achamos que havia bastantes elementos desnecessários, portanto, tal como Mies van der Rohe, decidimos usar a “temática”, Less is More.

A música que escolhemos foi a Hysteria, dos Muse. Desde o inicio notamos a sua força ao começar com o baixo que está por alguns momentos a solo... entra de seguida a bateria com a guitarra... e por fim... o vocalista começa a cantar “it’s bugging me / Grating me / And twisting me around...”.

Ao ouvir a música surgem palavras como: “...bugging me”, “I want it now”, “I’m breaking out”, “Last chance to loose control”, “I feel my heart implode” e “Feeling my faith erode”. Estas sugerem-nos raiva, vontade de escapar a algo. Ao longo da música também nos deparamos com um instrumental agressivo, o baixo sempre no mesmo ritmo, sempre na mesma cadência ao longo da música com excepção do refrão, um baixo com um efeito electrizante, dando sempre força à música. Aos dois minutos e pouco a guitarra começa num solo, sempre acompanhada de bateria e baixo, é o apogeu. Nao são precisas palavras para perceber a sua raiva, o seu desespero.

Decidimos, portanto, usar o mesmo homem preto e branco a gritar, que já usáramos num dos nossos projectos, devido ao simbolismo cabalístico do alfa e do ómega, do principio e do fim. Associadas neste trabalho ao fim por querer escapar “Escaping now” e à possibilidade de haver um novo inicio. Para o representar apenas utilizamos linhas inferidas, ao deduzir-se a direcção implicada nos elementos e formas equivalentes, é portanto uma imagem nivelada, onde são ignoradas e iliminadas certas diferenças. Não estando, portanto, representado um homem fidedigno, mas sim, apenas os seus traços.
Tanto o homem como o fundo estão sem textura nenhuma.
Para este trabalho, baseando-nos um pouco na pop arte de Lichtenstein, sem qualquer efeito de degrade, as poucas sombras que utilizamos foram induzidas apenas através de linhas, neste caso inferidas, como já foi supra referido.
Procuramos ainda fazer um jogo de assimetria, do lado direito apenas está o homem que grita induzido pela raiva, enquanto que no esquerdo apenas está o fundo vermelho, “o rei das cores”, segundo Goethe. Este é a cor da força, da violença e, por consequência, da raiva, “é o pólo oposto ao passivo, azul suave e branco inocente” (HELLER 2000).
Não nos prendamos apenas à letra, pois o instrumental também é bastante importante para decifrar uma música, não nos esqueçamos do dinamismo da música e da sua força, pois o vermelho é também dinâmico é activo.
É importante analisar as duas cores juntas, as mais fortes da composição – vermelho e preto. Se vermelho é dinamismo, preto é a ausência, é a ausência de luz, é o “preto absoluto”, tudo acaba no preto, tal como a nossa leitura da imagem, da esquerda para a direita. Como o preto inverte qualquer significado, é como se de vermelho, da paixão exacerbada, passasse para o ódio, exprimindo então toda a raiva da música.
Para suavizar um pouco a composição, decidimos colocar duas linhas horizontais na parte de baixo do trabalho. São duas linhas pretas sobre fundo vermelho, contudo suavizavam, pois se não existissem apenas víamos o trabalho dividido em dois, a parte da esquerda a vermelho e a parte da direita maioritariamente a preto. Sendo assim, apesar da assimetria patente, há um ponto de harmonia.

A realização deste trabalho foi maioritariamente no Adobe Illustrator, tendo também usado o Adobe Photoshop para finalizar o trabalho.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Alguns exemplos de imagens referentes à 1ª Proposta de Trabalho

Para facilitar a execução da 1ª Proposta de Trabalho basea-mo-nos em diversos artistas conceituados, como forma de nos transmitir algumas ideias e também para podermos aprender a "utilizar" algumas técnicas utilizadas por eles.

Pablo Picasso



Kandinsky



Guernica de Pablo Picasso

Paplo Picasso
Pablo Picasso

Salvador Dali

Klimt

Klimt

Kandinsky

Kandinsky

Kandinsky

Klimt

Klimt

Salvador Dali
Salvador Dali