quinta-feira, 17 de março de 2011

Trabalho individual



Sempre que projetamos, traçamos ou esboçamos algo, o conteúdo visual desta comunicação é composta por uma série de Elementos Visuais. Esses elementos constituem a substância básica daquilo que vemos. São muitos os pontos de vista a partir dos quais podemos analisar qualquer manifestação visual, mas um dos mais reveladores é decompô-la nos elementos que a constituem de forma que melhor possamos compreender o todo.
            A linguagem visual constitui a base da criação do design. Há princípios, fundamentos ou conceitos, com relação à organização visual, que podem resolver situações problemáticas na realização de um projecto.  Baseando-me em conhecimentos adquiridos nas aulas e em livros, o  designer pode trabalhar sem esse conhecimento consciente, usando seu gosto pessoal e sensibilidade estética que são muito importantes, porém, uma compreensão dos fundamentos ampliará sua capacidade de organização, facilitando enormemente o seu processo de criação.
            Se quiséssemos refletir sobre o número de vocábulos suficientes para se formar uma Linguagem Visual poderíamos ter como resposta que os principais são basicamente: o ponto; a linha; o plano; o volume e a cor. Com tão poucos elementos básicos, e que nem sempre se apresentam em conjunto, forma-se toda a expressão visual na arte e no design na sua mais imensa variedade de técnicas e estilos.
O PONTO, um elemento da comunicação visual (também presente nesta imagem) é um elemento básico da comunicação visual. Para que possamos observar o simbolismo de uma estrutura gráfica é necessário começar pelo elemento mais simples que compõe a matéria, o ponto. O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. Quando fazemos uma marca, seja com tinta, com uma substância rígida como um bastão, pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência ou um indicador de espaço. Qualquer ponto possui um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer.
            Assim, eu seleccionei esta imagem, uma vez que aborda diversos aspectos da matéria abordada na aula, desde as formas geométricas, linhas, contornos, sombras, cor, entre outros aspectos.
            Esta imagem tem um olho no centro por isso selecionei-a porque segundo o que aprendi a Cor é como o olho (dos seres vivos animais) interpreta a reemissão da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas eletromagnéticas; e que corresponde à parte do espectro eltcromagnético que é visível.
            Esta imagem contempla um misto de diferentes cores que nos transmitem diversas sensações, como por exemplo o azul do olho que pode significar purificação, o azul é associado à expulsão das energias negativas. O azul favorece a amabilidade, a paciência a serenidade e estimula a busca da verdade interior. O azul também neste contexto também pode significar o indecifravel.
            Nesta imagem predomina também o verde que simboliza vigor, juventude, esperança e calma.
            Leonardo da Vinci opõem-se a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz.
            Segundo Gestalt existem sete fundamentos básicos - muito usados hoje em dia em profissões como design, arquitetura, etc - são: Continuidade., Segregação, Semelhança, Unidade, Proximidade, Pregnância, fechamento.
            Relativamente ao equilíbrio/instabilidade, a sua importância fundamental baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual. Num continuum polar, seu oposto é a instabilidade. O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. A instabilidade é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora. Na imagem analisada predomina o equilíbrio bem como a instabilidade resultante da sobreposição de linhas diagonais, verticais e horizontais.
            Quanto à regularidade/irregularidade, nesta imagem predomina sobretudo a irregularidade que vem enfatizar o insólito, o inesperado, sem se ajustar a nenhum plano decifrável.
            Em relação à simplicidade/complexidade, nesta imagem predomina fundamentalmente a complexidade visual, constituída por enormes unidades e forças elementares,  e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.
            Relativamente à Unidade/Fragmentação predomina como podemos constatar a fragmentação que consiste na decomposição dos elementos e unidades de um design em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam o seu caráter individual.
            A profusão de elementos também está presente nesta imagem, que se revela carregada de acréscimos discursivos infinitamente detalhados a um design básico, os quais, em termos ideais, atenuam e embelezam através da ornamentação.
Quanto às formas geométricas predominam círculos, linhas rectas bem como linhas curvas.
            Quanto à minimização/exagero, verifica-se nesta imagem um recorrer de relatos profusos e extravagantes, ampliando a sua expressividade para muito além da verdade, na sua tentativa de ampliar e de intensificar.
            A espontaneidade é outra das técnicas visuais utilizadas nesta imagem, que caracteriza-se por uma falta aparente de planejamento. É uma técnica saturada de emoção, impulsiva e livre.
            Quanto à subtileza/ousadia, esta é uma imagem que revela bastante ousadia e cujo objectivo é obter a máxima visibilidade.

            Em relação à linha, esta nas artes visuais tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estática. É o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço. Onde quer que seja utilizada, é o instrumento fundamental da pré-visualização, o meio de apresentar, de forma palpável, aquilo que ainda não existe, a não ser na imaginação. Dessa maneira contribui enormemente para o processo visual. Simbolicamente, “a linha recta está próxima ao território do intelecto. Ela manifesta a vontade e a força de configuração. A determinação e a ordem. Expressa o regular, o que a mente apreende. O mundo dos regulamentos, da disciplina, das leis, da vontade e da razão. É por isso que no limite de sua utilização, a linha recta manifesta a frieza de sentimento, a falta de fantasia e o enrijecimento”.
            As linhas rectas têm três movimentos essenciais: horizontal, vertical e diagonal.
            Todas as outras são variações deste movimento. A manifestação mais simples, que menos energia necessita para ocorrer é a linha horizontal. É nela que o homem relaxa, descansa e morre.
Completamente oposta a essa linha, temos a linha vertical que também está presente nesta imagem. O que era anteriormente plano, tornou-se altura. A energia que vai da profundeza ao infinito, ou vice-versa.
            A linha diagonal é secundária em relação à horizontal e à vertical, pois é a síntese e união das duas e nesta imagem verifica-se muito a presença destas linhas.
Segundo Kandinsky, “a linha diagonal é a forma mais concisa da infinidade de possibilidades dos movimentos. Por isso tem uma tensão interior maior do que as duas que lhe dão origem.”
            Já no caso de Mondrian, ele refere-se aos “aspectos trágicos horizontalmente, estendendo-se o horizontal como plenitude até o infinito e o vertical como sendo o opressivo, o esmagador, e ele definitivamente estava procurando estruturas transversais que libertariam as pessoas dessas forças opressivas herdadas.” Um ponto pode ser posto para andar por uma força, e aí teremos a linha recta, ou se este mesmo ponto se movimenta por duas forças teremos a linha curva.
      Relativamente à foma geométrica, o círculo que está evidente no olho, este é universalmente conhecido como símbolo de eternidade, de um ciclo interminável. Dois círculos sobrepostos representam a união entre o céu e a terra.
            Para Kandinsky “assim se produz a estrela das linhas retas, organizadas em torno de um núcleo comum. Esta estrada pode tornar-se cada vez mais densa de modo a que as interseções criem um centro mais cerrado no qual um ponto possa se formar e desenvolver. Ele é o eixo em volta do qual as linhas podem organizar-se e finalmente confundir-se – uma nova forma nasceu, uma superfície sob a forma definida de círculo.”
            Quanto ao quadrado também presente nesta imagem, é a figura de base do espaço, e representa o tempo enquanto oposto à eternidade. Se o quadrado tem quatro lados, a terra tem quatro direções, o homem tem quatro membros, os instrumentos de orientação têm quatro pontos cardeais.
            Nesta imagem também é de salientar a unidade de forma, ou seja, quando o design é composto por um número de formas, aquelas que tem formatos idênticos
ou semelhantes constituem a unidade de forma, que deve aparecer mais de uma vez no desenho.
            A presença da unidade de forma nesta imagem ajuda a unificar a composição.
           



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